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CRISE INFINITA #06
O novo Besouro Azul parte com a equipe de Batman no assalto ao Irmão Olho, as Terras artificiais de Alex entram em colapso enquanto ele continua seu experimento, diversos feiticeiros tentam a ajuda do recém reincorporado Espectro, a equipe de Donna finalmente tem seu momento, os dois Supermen fazem um acordo. Por fim, o destino da humanidade pode estar nas mãos do antigo Menino Prodígio e do Menino de Aço.Este número de Crise Infinita é marcado por dois diferenciais em relação aos outros. Com o universo DC entrando na fase Um ano Depois, a história perde as revistas de apoio, tento que ficar fechada em sua própria edição, além de preparar o caminho dos mistérios apresentados na nova fase da editora. Outra questão é que ela deixa um pouco de lado o seu viés de crítica à indústria dos quadrinhos e se preocupa mais com a ação. Não que ela não o tivesse feito antes, mas o que eram apenas espasmos são agora lutas com início, meio e fim.O plot do Batman fecha brilhantemente anos de histórias do morcego. Anos de péssimas histórias, diga-se de passagem, salvos apenas pelo brilhante Projeto O.M.A.C. de Greg Rucka, que soube como ninguém explorar um Batman desconfiado, mas não neurótico. Johns também conduziu esse personagem, que é cheio de erros, levando-o a uma final de recuperação. O embate com o Irmão Olho é muito mais filosófico que corporal, mostrando como deveria ter sido o confronto dos dois Supermen. O voto de confiança que o morcego deposita em Hal Jordan chega a ser comovente.Também se abre uma história bem interessante quanto ao Besouro Azul e a aparente rejeição dele pelos anéis dos Lanternas Verdes. Algo que será bem mais explorado nas revistas do jovem herói (será que chegam aqui no Brasil?).A equipe de Donna Troy no espaço finalmente cumpre a profecia de que “um segundo poderia fazer a diferença”, impedindo a perfeição do plano de Alex com um único movimento. Pena que tudo se desenvolva de maneira tão rápida que nem mesmo podemos entender o que aconteceu com vários de seus integrantes. Porém, para entender melhor este momento da Crise, como a mudança de Kyle Rayner, além da pequena participação dos místicos e do Espectro, é preciso ler as duas primeiras edições de DC Apresenta. A Panini muito bem poderia ter colocado algumas notas explicativas em alguns lugares.Finalmente nos atendo a Alex, vemos uma infinidade de mundos criados pelo vilão, na tentativa de criar uma Terra perfeita, sem o Superman. Neste ínterim, heróis que outrora pertenceram a outros universos na época anterior à primeira Crise acabam parando em Terras similares às suas, como é o caso da família Marvel. Grata surpresa é a aparição do universo Tanget aí. Por algum motivo, todas estas Terras aparecem povoadas, com exceção da Terra-2, algo que é descrito pelo Pirata Psíquico e por Alex como uma anomalia.Superboy e Asa Noturna, os herdeiros dos maiores heróis da editora, com a companhia da Moça-Maravilha, formando assim a versão jovem da santíssima trindade da DC, atacam a torre de Alex, formada pela armadura do Anti-Monitor (vilão da primeira Crise) e enfrentam a fúria do Superboy Prime.Não é muito difícil entender porque cada vez mais estes dois personagens (Alex e Superboy) veredam pelo caminho dos vilões. Eles foram crianças que perderam seus lares, foram forçadas a enfrentar um mal inimaginável, ficaram anos presos vendo outros desperdiçarem as chances que eles não tiveram e, quando finalmente colocaram seu plano em ação, não tiveram a ajuda de ninguém. Eles são vítimas de si mesmos, personagens do passado com seus planos mirabolantes.Geoff Johns, no entanto, acaba derrapando na sua própria crítica: Adão Negro usa de extrema violência, e mesmo assim pode ser considerado um herói (chegamos até mesmo a gostar do que ele faz com o Pirata Psíquico). Ao mesmo tempo, os valores do passado, como o plano arrojado de Alex e a união entre os Supermen, parecem forçados. Mais uma vez a pressa parece ter sido inimiga da perfeição.Falando em pressa, Jimenez parece ter sido completamente incapaz de cumprir seus prazos, o que forçou a editora mais uma vez a chamar três tapa-buracos para ajudá-lo. Porém, são tapa-buracos de tanta qualidade que a emenda chega a ser melhor que o soneto. Pérez (que graças a arte-final apresenta dois estilos bastante diferentes, marcando bem dois momentos singulares da história), Ordway e o brasileiro Ivan Reis dão uma aula a Jimenez.Quanto às capas, Pérez parece ter concentrado seu tempo nas páginas internas, pois sua capa deixa muito a desejar. Já Jim Lee, com seu estilo paradão, acabou se saindo muito bem com uma pose do Superboy Prime.Melhor Frase: “O Audaz e o Arrojado, hein? Agora, fiquei comovido”.Arqueiro Verde, em um momento saudosista.