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CRISE INFINITA #05
Enquanto a Sociedade da Justiça e alguns heróis, além do Superman e de Lois da Terra 2, aparecem nesta recém-criada Terra, os heróis remanescentes reúnem-se em uma celebração religiosa. Asa Noturna não tem sucesso de reunir uma equipe para enfrentar a Crise, enquanto Gladiador Dourado e o novo Besouro Azul anunciam o ataque de Batman ao Irmão Olho. Homens de Aço em Batalha, os herdeiros dos maiores heróis do mundo reúnem-se e um Flash retorna.Torna-se cada vez mais difícil dar uma nota a Crise Infinita. Se a comparar-mos com a clássica Crise nas Infinitas Terras ou com o trabalho de Johns com a Sociedade da Justiça, esta Crise é apenas mediana, mas, em termos de discussão do mercado dos quadrinhos atual e como forma de diversão, merece uma boa nota, com louvor. E isso, em grande parte, por causa do péssimo material que constantemente abarrota as bancas. Já que temos, mensalmente, histórias de gosto duvidoso, como a atual fase dos X-Men e do Batman, qualquer história que não insulte o leitor já pode ser considerada boa.O leitor antigo de quadrinhos, que já tenha lido material de vinte anos atrás, irá deleitar-se com as referências. A página dupla, logo no início da revista, onde aparecem heróis totalmente obscuros da editora, desde o Cavaleiro Atômico, da primeira formação dos Renegados, até Sparks (Superboy e a festa), passando por Trovão e Relâmpago e até pela louraça Angel e o Gorila detetive Sam Simão(!).Quanto à história em si, ela perde um pouco seu ritmo nessa edição, em vista das anteriores. Batman está preparando a investida contra o Irmão Olho e seus O.M.A.C.s, enquanto Gladiador Dourado e o novo Besouro Azul chegam à caverna. Esse novo Besouro é promissor, pois parece que vai reunir elementos do primeiro Besouro e de Ted Kord. A maturidade que o Gladiador está assumindo também é bem interessante, bem como a equipe escolhida pelo Morcego. Além de sua ex-segurança, Sasha, dois Lanternas e outros vigilantes urbanos. Só Hal Jordan destoa bastante, pois todos sabemos o quanto Batman não confia nele.A luta entre os dois Supermen é patética. Não quanto aos desenhos, que estão bons, muito bons. Mas, mesmo que levemos em conta o estado de desespero do velho herói, lutas entre dois heróis que não se compreendem e no final das contas se unem já encheram. É o maior exemplo de histórias em quadrinhos sem imaginação. O que poderia ser o ápice de toda a Crise virou apenas uma pancadaria com uma referência visual (o carro que Kal-L joga em Kal-El, se postando à capa de Action Comics #01) e uma constatação final: Um mundo perfeito não precisa de um Superman. E a que isto importa? Simples, acompanhe o próximo parágrafo.Alex Luthor criou uma nova Terra 2, e não recriou a anterior. Além de não haver mais ninguém nesta terra além dos heróis da Terra 2, a SJA constata que aquela Terra era artificial. Aí que entra a verdade (mais uma vez, a verdade) sobre o plano de Alex Luthor: aquela terra era apenas uma escala na tentativa de criar uma terra perfeita. Lembrem do que o Superman disse sobre uma terra perfeita.Ademais, Asa Noturna assumindo, em vão, o papel de líder dos heróis é bom. Bom para um velho fã do Robin, como eu, que vê que a DC usa essa crise para nos lembrar que Dick Grayson é muito mais que o Robin. Esse foi um nome usado por diversas crianças. Dick é um herói completo, na boa proporção entre o Superman e o Batman.E, como momento curiosidade, ficam as duas últimas páginas. Além de grandes referências à Crise nas Infinitas Terras (Doutora Luz e o uniforme de um certo alguém num splash na derradeira página), devemos nos atentar ao uniforme do Flash. O cinto de Wally, ao contrário do de seu tio, não era um raio inteiro, mas duas pontas que se encontravam, não?A revista continua a ser dividida por três desenhistas. Embora cada um seja responsável por um segmento da revista, teria sido muito mais interessante se a DC comics tivesse cogitado atrasar a revista para que Phil Jimenez pudesse cumprir seus prazos e a arte ficasse mais homogênea. A Marvel decidiu encarar o risco em Guerra Civil. Se bem que não posso reclamar de tudo: é muito bom ver Ordway desenhando. Muitos poderão estranhar, mas ele mistura muito bem o realismo com o estilo da Era de Ouro. Já Ivan Reis poderia ter levado essa série nas costas facilmente. É ele o sucessor natural de Pérez, e não Jimenez, como ele tenta forçar.As duas capas não estão muito boas desta vez. Além das limitações habituais de Jim Lee, parece que Pérez descansou um pouquinho nesta edição. Empate técnico (pra pior).Melhor Momento: “Por alguma razão que não consigo explicar ou compreender, e provavelmente nunca vou decifrar... Tudo vem do Superman”.Alguém explica pro Alex Luthor que a editora praticamente se fundou com o Superman.