9 de jan. de 2008

Semana 15 - Desdouro

Gladiador Dourado acessa o banco de dados de Skeets e vê sua nova chance de provar para as pessoas que é um herói de verdade enfrentando um monstro no centro de Metrópolis, mas as coisas não saem como o planejado e aparentemente ele paga um preço muito alto por sua coragem; o Questão e Renne Montoya sofrem abusos na prisão de Kahndaq.Considero esta a semana mais fraca de todas até agora, não pelas cenas de ação e pelos bem construídos diálogos, e sim pelo desperdício de personagens e o uso de situações extremamente clichês na trama.Francamente, às vezes eu gostaria de saber o que passa na cabeça dos escritores ao criar uma trama como esta, sem pé nem cabeça, inserindo um monstro no centro de Metópolis do nada, segurando um submarino nuclear (parecendo até coisa de seriado japonês) que além de ser um clichê mais que batido, é totalmente dispensável, afinal, só porque é a cidade do Superman, monstros aparecem do nada? Parece que os escritores foram acometidos por uma mediocridade criativa e queriam somente encontrar uma desculpa qualquer para colocar o Gladiador Dourado em ação para depois colocá-lo em um embate contra o novo herói da cidade, o Supernova, e dar um final dramático e enigmático para atrair a atenção dos leitores, algo que ao meu ver é totalmente desnecessário.A esta altura, acredito que ninguém mais suporte o Gladiador Dourado e esta sua busca em provar que é um herói de verdade apenas para ser rico e famoso. O personagem se tornou insuportável e, no meio de tanta coisa mais interessante, dar atenção a ele é algo totalmente dispensável.Não tenho nada contra o personagem, gostava muito dele na época da antiga Liga da Justiça (escrita por J. M. DeMatteis e Keith Giffen) quando ele fazia dupla com o Besouro Azul, mas o personagem sempre esteve aquém do seu amigo em relação a carisma, e isto ficou mais do que evidente após a morte do Besouro, ocorrida em Contagem Regressiva para Crise Infinita (publicada pela Panini, em maio de 2006). Para falar a verdade, atualmente o personagem se tornou totalmente dispensável em meio a tantos personagens mais interessantes.Quanto ao Questão e Renee Montoya, bons diálogos permeiam a história, mas os escritores novamente cometem um erro e desperdiçam o potencial dos personagens, afinal, histórias que se passam em prisões sempre podem render momentos de ação impactantes (basta ver o que Ed Brubaker fez com o Demolidor em Marvel Action #05), mas aqui, infelizmente, só cumprem o necessário, deixando aquela sensação que poderia ter sido melhor.