7 de jan. de 2008

JUSTIÇA #03

A trama de Justiça está cada vez mais inebriante. Já começa com os dois pés no peito do leitor, que, já no primeiro quadrinho vê Brainiac com a postura Dr. Frankestein pronto para lobotimizar o pobre Aquaman. Ver o andróide verde com um avental todo cheio de sangue é uma visão e tanto.Depois, corta para a busca por ele. Dessa vez é o Caçador de Marte que parte atrás do soberano das águas. Interessante é o pensamento de J'onn J'onzz sobre os motivos pelos quais ele foi escolhido para procurar por Arthur: "Batman sugeriu que eu procurasse o rei da Atlântida abaixo da superfície do mar. Dizer o óbvio não é o que faz de Batman um gênio. Ele conhece minha fisiologia singular. Sabe que não posso ser queimado lá". Ou seja, os heróis estão com medo do que pode surgir. Ao mesmo tempo, como parte do plano de Lex Luthor, os vilões estão sendo tratados como heróis pela imprensa, já que curam doenças, dão água aos sedentos e árvores aos desertos. O importante aqui é a mentalidade das pessoas normais, que é abalada com o questionamento: "por que os heróis nunca fizeram isso?". Outra parte divertida neste momento é ver os desenhos que mostram vários dos heróis escutando as declarações da imprensa. Entre eles o Oliver Queen, Ray Palmer e Billy Batson.Mais tarde vemos o Caçador de Marte preso numa armadilha maquiavélica do Gorila Grodd, e a Mulher-Leopardo pronta para estragar a festa da Mulher-Maravilha. No final da história, o pior acontece. Como eles resolverão o problema? Acho que só na próxima edição. Ou nas outras 9 restantes.Como já falei no review anterior, é complicado ler a mini Justiça e depois ter paciência para ler outras séries. A trama de Roos e Krueger é, além de fascinante, muito acima de todas as outras. Sensacional seria uma palavra pífia. Os caras conseguem manter a adrenalina a mil o tempo todo, além de levar o leitor a pensar. Os caras escarafuncham toda a cronologia DC, adaptam para um mundo mais real e realmente colocam tridimensionalidade nos personagens. Em todos eles. Maravilhoso.Quanto aos desenhos de Braithwaite e Ross, pouco pode-se dizer. Estonteantes como sempre. Nesta edição uma coisa que salta aos olhos é a expressão de Brainiac. Além de parecer o doutor Frankestein, ele também demonstra uma frieza que só com os desenhos consegue-se perceber. A última página (dupla) que mostra apenas detalhes de alguns vilões também é de cair o queixo. Principalmente porque os artistas pegam as características mais marcantes dos personagens e transferem para o desenho.Enfim, imperdível...